21 de maio de 2013

Desimpedimento



Era o tempo de uma música,
que se deixou cantar
solta pela janela das três da tarde
aberta aos vizinhos mudos.

Deixasse cantar...


Foi o tempo do desabotoar da camisa florida
no desatino dum beijo roubado
no vão entremeado da fechadura.

Que se espia...


É o tempo do balouçar da maré
donde os corpos se esvanecem em mole respirar
e os homens encurtam vidas em sonhos.


Vinde o canto se misturar ao mar...




Natalia Iorio
21/05/2013 – 15:34