Era o tempo de uma música,
que se deixou cantar
solta pela janela das três da tarde
aberta aos vizinhos mudos.
Deixasse cantar...
Foi o tempo do desabotoar da camisa florida
no desatino dum beijo roubado
no vão entremeado da fechadura.
Que se espia...
É o tempo do balouçar da maré
donde os corpos se esvanecem em mole respirar
e os homens encurtam vidas em sonhos.
Vinde o canto se misturar ao mar...
Natalia Iorio
21/05/2013 – 15:34