E foi noite
de lembrança de criança,
de ver estrela no céu,
comer arroz doce de vó,
suspirar.
Foi madrugada escura,
de aparecer coração de Escorpião
na abobada celeste
e fim de Cruzeiro do Sul.
Foi breu
na ponta do coqueiro,
no canto do morcego
e no barulho do mato.
Foi de um futuro meio passado,
feito anzol de pescador
e baralho de vidente.
Foi-se
uma noite fria.
Natalia Iorio
Franca, junho de 2014.