8 de março de 2013

Alessandra


era tarde quente
daquelas de vento fraco
no calcanhar

e ela,
Alessandra,
debruçou-se em melancolia
de olhos parados
e mãos frouxas


nua, com a coluna envergada
parada ao meio fio da cama,
comeu a laranja morna


sem prato
ou guardanapo


meia laranja morta
sem faca nem palavra


ficou Alessandra
parada,
na lua
de seus pensamentos





Natalia Iorio
08/03/2013  -  00:14

Nenhum comentário:

Postar um comentário