5 de julho de 2013

Joana



gostava de almoçar tomando cerveja,
gingava a saia por qualquer batuque,
dava bom dia a quem quisesse.


Ela amava o porteiro de seu apartamento
e fumava cigarrilha de baunilha
enquanto lia Manuel Bandeira.


Saia na madrugada
brilhando com as estrelas,
cantava pra todo mundo.


Mas, chutava a noite
e, da última garrafa do bar,
jogava flores à lua,
chorava até dormir.


Joana,
tinha medo dos alvoreceres.






Natalia Iorio

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