Havia uma ansiedade
pela espera de uma notícia
e uma saudade antiga
por um verão que se visse
pelas paredes
da cidade.
O cigarro queimava,
dentre os dedos de 25 anos
e olhos concentrados
viam pela janela
o começo dos telhados.
Não se soube da notícia
enquanto o cigarro acabava
e a sombra das cinco da tarde
escurecia a morada
daqueles olhos.
Para tanto,
havia um verão
em cada uma daquelas
esquinas ansiosas.
Natalia Iorio
Rio, setembro de 2014.
Esquinas das lembranças.
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