28 de maio de 2014

Derradeira

Da madrugada estranha
Veio a chuva acatada,
Correndo na estrada
E molhando a soleira da porta.


Pingou no coqueiro,
Assustou o moço,
Trovoou no cemitério
E acabou num desassossego.


Chuva irrequieta!
Uma pura vontade!


Vontade da janela aberta,
Do sorriso solto da amiga,
Da cadeira que balança.
Vontade boba!


Vontade passa!

Como essa chuva à toa...



Natalia Iorio

Rio, maio de 2014.



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