Da madrugada estranha
Veio a chuva acatada,
Correndo na estrada
E molhando a soleira da porta.
Pingou no coqueiro,
Assustou o moço,
Trovoou no cemitério
E acabou num desassossego.
Chuva irrequieta!
Uma pura vontade!
Vontade da janela aberta,
Do sorriso solto da amiga,
Da cadeira que balança.
Vontade boba!
Vontade passa!
Como essa chuva à toa...
Natalia Iorio
Rio, maio de 2014.
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