6 de junho de 2012

Amar-te



digam que Amo à toa
como parte de um sofrimento já sepultado.

disseram que Amei muito por algo não tão justo
e que ficou como fel escorrendo pelo meu peito.


digo que Amei tendo muito Amado
uma parte minha-sua que em mim se faz,
uma parte muita em todo muito,
a parte fragmento de
Tudos.


Amei como o oculto de uma razão enganada,
como uma onda que se quebra na correspondência do já sabido,
como uma razão que gosta de ser mentida e revirada
em praia de saberes mudos.


Amo agora sem ter o corpo em carne viva,
mas viva a alma de sentir e de doer.


Amarei em todas as noites escuras e, que assim,
Liberta-se de formas de luz e claridade,
deixa na escuridão o Liberto ser sem obrigação.


Amo o que Liberta em imaginações fugidias,
em histórias recontadas, revoltas, giradas.

Vivo o Amor Amado e não Amado,
o Amor cálido,
calado de tanto falar em Amor,
que mesmo no não Amar
desabrocha-se em Flor- Amor.


viverei sem ter vivido o presente pressentido,
presenteado pelo passado nunca estatuído,
pelo futuro nunca planejado.


Vivo Amando-te,
em Amor,
Amando.




NathalyaG – 05/06/2012 – 22:53

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