Do céu azul de fim de tarde
fez-se o rubro rosa;
faixa longa e tempestuosa
de vermelho pedaço de nuvem.
Era dia de festa
para quem fosse;
em Itaquera, Pinheiros,
Brás ou Mooca.
Pilhavam-se de alegrias,
as pessoas sabáticas;
tranquilas,
resfriadas.
Era dia de festa,
no cortiço e na favela,
no beco e na rua sem saída.
Sem saída ficou o moleque,
que correu demais;
com peito cheio,
cheio da cor do céu.
Coloriu o horizonte do menino;
era dia de festa para aquele outro,
que tirou, atirou,
retirou.
Da cor da nuvem que se fundiu,
fuzil o azul claro,
na noite clara de Santa Clara.
Findou-se ao ver o céu
levando embora toda sua cor
rosada,
manchada;
de rubro
ensanguentar.
NathalyaG -
19/05/2012 – 22:09
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