Nós não queremos mais do que podemos,
Não queremos velhos discursos,
Nem chantagens arcaicas.
Não fazemos mais do que seja nosso,
Não palpitamos em vão,
Nem cruzamos os braços à contemplação.
Invadimos as ruas,
Os cinemas,
As praças,
Os transportes.
Pintamos cartazes,
Fazemos poesia,
Rap, dança,
Grafitamos nosso próprio
Muro.
Ocupamos o abandonado,
Revitalizamos o destruído,
Valoramos o desperdício,
Plantamos no prejuízo.
Somos do contra,
Encontra,
Em cena.
Somos o todo,
No palco,
Sem idade,
No cotidiano dos dias.
Não esperamos pela flor comprada,
Nem pela voz doada.
Fazemos.
Dizemos.
Ocupamos.
Somos.
Somos a anedota
e a
Lágrima,
A cidade
e a
Pessoa.
Circuito ininterrupto,
Constante,
Destoante,
Diverso,
Reprodutor
De novas
Reconquistas.
NathalyaG – 05/05/2012 – 15:59
*Publicado, também, em Jovens Urbanos: http://blog.pucsp.br/jovensurbanos/
Nenhum comentário:
Postar um comentário