28 de abril de 2012

Alan


Ele estava sentado num banco velho de madeira,
os olhos vermelhos,
cabelos bem penteados.


Quem não o conhecesse não
saberia.
Não saberia de seus homens,
de suas incertezas embriagadas,
de sua voz que eleva-se nas frases de
intensidade.


Quem não conhecesse uma nobre alma
como a dele,
não poderia sentir
como queimava o verde de seus olhos
ao som da cocaína,
como a roupas pretas e os casacos lhe vestiam bem
à luz do absinto,
até suas madrugadas tropeças na rua combinava
com sua barba aparada.


Era uma boa alma,
um bom rapaz,
um príncipe de vinte anos.


Era, enfim,
um Santo.




NathalyaG – 27/04/2012 – 21:47

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