A vida escapou-me hoje.
Fugiu por entre o azul acinzentado do céu,
Partiu pela água fria da torneira,
Ajeitou-se nos cobertores do sol de inverno.
A vida escapou-me por completo.
Nesta tarde que se torna estranha,
De todo pesar e toda a alegria
Em que a inquietude deitou-se, simplesmente.
Escapou-me tudo.
A morte e a lucidez,
A imagem no espelho,
E todo o resto do meu ser.
Escapou todos.
Na doença da alma,
Ia findando a luz do dia
Quando da calma taciturna,
Surgiu um questionamento.
Onde se encontra a vida?
A vida escapou-me hoje.
Rodopiou em passos dormentes.
Cantou em melodias desconhecidas.
NathalyaG – 31/05/2011 – 16:23
Nenhum comentário:
Postar um comentário