29 de abril de 2012

Efêmero


A vida escapou-me hoje.


Fugiu por entre o azul acinzentado do céu,
Partiu pela água fria da torneira,
Ajeitou-se nos cobertores do sol de inverno.


A vida escapou-me por completo.


Nesta tarde que se torna estranha,
De todo pesar e toda a alegria
Em que a inquietude deitou-se, simplesmente.


Escapou-me tudo.


A morte e a lucidez,
A imagem no espelho,
E todo o resto do meu ser.


Escapou todos.


Na doença da alma,
Ia findando a luz do dia
Quando da calma taciturna,
Surgiu um questionamento.


Onde se encontra a vida?


A vida escapou-me hoje.
Rodopiou em passos dormentes.
Cantou em melodias desconhecidas.





NathalyaG – 31/05/2011 – 16:23



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