Eu me encontro
agora
presa ao meu reflexo
da taça límpida,
cheia de conhaque
que cheira doce,
que cheira tempos
passados
demais.
Eu me encontro presa
a silhueta minha projetada
nesse liquido âmbar,
âmbar como sou;
amarelo – castanho
da cor dos meus
cabelos ao sol,
da cor dos meus
sonhos
derretidos.
Encontro-me presa
à quina da mesa que
foi encerada,
com o disco que toca
ao fundo.
Presa e recendida
naquela lagoa quente
de puro prazer epilético,
puro ser
em nada.
Encontro-me
mergulhada
naquilo de outrora,
no calor enfeitiçado
das vigílias;
na promessa de uma
gratidão nunca
requerida.
Eu me prendo
nos olhos tombados,
na vertigem de pálpebras
pesadas.
Evanesço-me
na loucura calma
de saber o que
jamais
será.
NathalyaG – 09-04-2012 – 12:51
Anos e anos....a cronologia nao alcança.anônimo conhecido
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