24 de abril de 2012

Verde-água



Na hora vazia em que me
encontro
nenhuma parte de meu
corpo
consegue desvencilhar da
coisa estranha,
corroída,
rota.


Nenhuma
palma colada,
noite revelada,
ou a lua que bóia
pela metade
...


Naquele céu!
É o meu céu
em que prende-se
perde-se
qualquer calor aguado
como uma chuva
que vem e passa.


É uma chuva
que passou,
lavou,
clamou,
louvou os lugares
que nem são
ou foram.


Nesta hora vazia
cheia de palmas coladas
eu faço-me
em chuva cheirosa
de você
que passou
sem que eu quisesse.



NathalyaG – 11/04/2012 – 21:01

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